30 de dezembro de 2011

Para Elias

O Elias é uma espécie em extinção. Na verdade, ele é uma espécie que sequer existiu em nosso planeta. E aí você imagina que estou escrevendo coisas ruins a respeito desse tão célebre ser humano. Engana-se, se assim pensa, pois o que faço aqui é uma ratificação do que todos já são certos: o Elias é imbatível.

Tudo bem que, das coisas que o Elias fala, 50% a gente não entende, 30% não vale a pena entender e só 20% é que realmente é importante ou pelo menos quase. Não pense também que esses 20% é pouco porque não é. O Elias fala tanto, mas tanto, mas tanto, que 20% já é mais que o bastante.

Ninguém é mais conhecido que o Elias. Ninguém é mais peculiar que o Elias, é preciso dizer também.

Ele sempre me lembrou o Sheldon Cooper do seriado da Warner, The Big Bang Theory. Mas o Sheldon é mais normal! Brincadeira, amigo Elias!!! Mas eu realmente tenho minhas dúvidas: não creio que o Sheldon seria tão louco a ponto de pedir um benjamin no nome da professora que estava na sala, tampouco dizer à professora que está saindo pra "dar uma volta"...

Super preocupado com os amigos e um amigo de verdade, o Elias, além de doido, piadista sem graça e futuro tocador de violão, é um amigo que qualquer um (que tenha paciência, claro) consegue ter e se alegra por ter.

Se a nossa turma jamais seria nossa turma sem o Elias, eu me atrevo a dizer que o CEFET/IFPI jamais seria como é se não fosse o vascaíno, Elias!

E é isso aí... Retuitando o homenageado: "Não basta ser nerd, tem que pagar mico!"

Para Bianca

A Bianca é a mãe de todo mundo, mas aqui eu revelo pra vocês: eu sou o pai dela! Acontece que é o que ela sempre diz quando eu a abraço. Então, todos os amigos da 404 são, na verdade, meus netos. É... tenho que ir me acostumando com a calVASCO, digo, vice (desculpa, Elias... não me segurei!) e com os cabelos brancos. É a idade!

Um sorriso lindo e uma graça de pessoa, essa menina foi uma das que vi penar com IFPI pela manhã e pré-vestibular da tarde até a noite. Falei mal dos estudantes que buscaram essa opção, a de estudar exaustivamente ao longo do ano todo, por considerar que esses acabavam por esquecer da vida presente. Não nego que ainda penso um pouco por esse lado, mas também parabenizo-os pela força de vontade. Força de vontade essa que eu vi mais claramente na Bianca.

Para ninguém é fácil estudar, frequentar a escola ou qualquer outro sinônimo da ação de acordar cedo, lutar contra o sono, lutar contra o ônibus, lutar contra os professores chatos, etcétera e tal... contudo, vi na Bianca um exemplo de perseverança que eu, honestamente, não via em mais ninguém na nossa sala: madrinha, tia, mãe, aluna, vestibulanda... só Deus sabe o que mais!

Obrigado, Bianca, por ter me mostrado o quão alegre se pode ser mesmo com tantas coisas em nossa mente: continue simples para que a simplicidade do teu viver seja exemplo sempre!

27 de dezembro de 2011

Para Jéssica

Fé é uma força que todos devem ter. Todos têm. Apesar de alguns negarem que a têm ou simplesmente não reconhecer que a fé faz parte sim da sua vida.

Nossa turma, dentre muitas pessoas de fé, destaco uma pela segurança de sua fé: a Jéssica!

Já dizia São Paulo aos hebreus que “a fé é um modo de já possuir aquilo que se espera, um meio de conhecer realidades que não se veem!” E é muito difícil ter uma fé que transmite segurança aos outros. E isso essa menina tem: segura, defende e fala da sua fé, sem medo e sem ter nenhuma vergonha disso!

Além dessa característica importante, não podia deixar de falar do quanto essa menina é vaidosa: ganhei uma bronca na nossa despedida só porque me esqueci de falar o nome dela... Mas entenda, por favor, que nem toda memória é perfeita. Espero ter sido perdoado!

Um tempo de saia, outros tempos de calça, sempre a Jéssica! Foi um prazer enorme estudar com essa garota que, certamente, ajuda a fazer o céu aqui nessa terra.

Para Carol

Não tem como começar um texto falando dessa menina sem mencionar as unhas enormes e, na maioria das vezes, super bem cuidadas dela.

Além das unhas, outra característica importante é o sorriso e a mansidão... características comuns também a outras meninas que falarei mais a frente, mas já antecipo falando dessa que faz parte desse grupo.

Para saber de vez de quem eu estou falando, ponho logo a pista mais fácil: essa menina é aquela que, antes de uma aula de Química, entrou na sala nos dando um baita dum susto e ainda carregou consigo outra amiga pra fazer o Boletim de Ocorrência! Calma, ela não esteve envolvida numa briga de bar e acabou apanhando (isso seria algo de se esperar se eu estivesse falando do Igor)... infelizmente, ela foi vítima da violência e deficiência de muitas coisas do mundo atual: levaram embora o seu celular.

Não queria trazê-la à mente com uma lembrança tão triste, mas o que seria das operadoras de telemarketing sem a gente pra recuperar o nosso chip que foi roubado, não é Carol?!

Muitas são as outras lembranças que podia usar, mas nem só de lembranças boas vivem os homens (nem as mulheres).

Podia ter lembrado a Caroline Alves falando da Rodrigues, ou falando da meiguice de sempre, mas de qualquer forma, sempre estaria lembrando essa menina que fez a nossa turma ter ainda mais a cara da nossa turma!

24 de dezembro de 2011

Para Alaydes...


O primeiro dia de aula numa escola nova, ou melhor, o primeiro dia em qualquer coisa que seja nova para um ser humano é sempre o difícil: olhar um montão de rostos desconhecidos; ter medo de ouvir a voz daquele ser vivente que está na mesma situação que você; olhar com o canto do olho o máximo possível, mexendo o pescoço o mínimo possível, tudo para o outro não perceber que você está observando-o etcétera, etcétera, etcétera.

Tudo isso é o primeiro dia!
Mas quem imaginaria que a nova turma teria uma pessoa tão sem vergonha (no bom sentido, tá Alaydes?!) a ponto de nos ajudar a esquecer que a timidez existe, “que ninguém é triste, que no mundo há sempre amor” (chega... esse é um dos efeitos do Natal na nossa vida)?

Parecia a coisa mais normal do mundo o sorriso que a Alaydes Mikaelle dava a todos os recém-chegados no, então, Centro Federal de Ensino Tecnológico (velhos tempos de fardas azuis). Juro que cogitei ser ela uma repetente: não podia ser uma pessoa tão desinibida com pessoas que ela nem sabia que existia no universo.


Alegre, festiva, explosiva e, desde quando foi perguntado à turma quem lideraria a turma, nossa líder desde antes da chegada no CEFET-IFPI... essa é a Alaydes. Nome que até um índio num filme assistido numa aula de História disse com vigor.


Alaydes que deu trabalho e que discutiu bastante, mas que arrasou nos trabalhos e trabalhou para conseguir todas as coisas que quis, inclusive a principal que foi ser feliz, ajudando os outros a serem assim também.

Tenho certeza que todo mundo deve ter vontade de te dizer: obrigado por, hoje e sempre, fazer parte da minha vida!
Um abraço forte, Alaydes!

17 de dezembro de 2011

Despedidas e Acolhidas...


Minhas próximas postagens serão todas em homenagem aos meus queridos companheiros de cada dia dos últimos quatro anos. Cada um merece uma homenagem especial... Ao longo de todo o tempo em que estudamos juntos no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Piauí (que quando entramos ainda era o famoso CEFET), transformamos a dificuldade da diferença numa base sólida para construção de uma amizade harmoniosa e gostosa de se ter.

Não é exagero amar à primeira vista. Exagero é não amar. E se há algum exagero em dizer que família não se tem apenas uma, sou exagerado ao dizer que a Turma 104/204/304/404 foi a família que mais me aguentou nos últimos tempos.

Dinheiro nenhum compraria presente ou homenagem à altura do que cada um deles merece, mas o que vem do coração, na simplicidade e honestidade, faz-se rico o bastante para agradecê-los pela paciência, compreensão, alegrias, ajudas, puxões de orelha, brigas, abraços e demonstrações de amor que não se percebe em qualquer lugar.

Já dizia o poetinha e aqui eu o repito com coerência: "o amor é um espinho que não se vê em cada flor...".

Se nos machucamos, nós nos tratamos; se nos ajudamos, também nos cobramos... e assim foram esses quatro anos: um casamento sem aliança, um namoro sem "relacionamento sério" no Facebook!

As crônicas curtas a seguir serão todas postadas com a intenção de homenagear, mais que de agradar! Espero que eu consiga pelo menos fazer rir, já que não tenho dinheiro pra retribuir o tanto que eu devo pra cada um...

16 de dezembro de 2011

Para Uma Das Minhas Segundas Famílias...

Todo mundo tem que ter
um livro, uma canção,
um time preferido,
uma história inesquecível,
um amigo do coração.
Sabemos que há caminhos
que nos trazem e que nos levarão
e que os tempos que vivemos
nunca se repetirão.
Por isso a maravilha
foi ver todos os dias
(nem todos os dias)
tanto riso e aflição;
chegadas e partidas;
alguns abraços e umas brigas;
aulas da Senhora; recuperação...
Tudo que aprendemos,
muito além da programação,
já está conosco sempre
onde só a imaginação
alcança com a destreza
que a tal da abstração
do objeto ou da vida
não alcançam e jamais alcançarão.
Uma turma diferente,
mas sem nenhuma confusão.
Quem não vai lembrar-se da Neyla,
do Smith, Adelton (né Ives?),
do Laércio e do Joaquinzão?
Da viagem furada da Evangelina,
do seu Paraná e das histórias do CEFET
desde a sua criação...
A Tarciana,
chefe da gangue das mangas,
até me mata,
arranca meus olhos,
quebra minha mão,
se eu não falar do Zé Luís,
sua maior paixão.
Ainda tivemos o Roberto,
pai do Rádames,
e a Francisca, mãe da Livya,
inimiga do Mengão.
Mãe mesmo é a Bianca
que faltou o seminário
só por causa do busão.
Nossa turma teve de tudo
até os quietos e alunos bons:
Nayres e o Francivan;
e os torcedores do Verdão:
Ives, Vinte e Quatro...
No quesito responder chamada,
tivemos os que foram negação:
a Taísa, coitada...
Do Luyesten, no 4º ano,
nem se fala, então!
Quem vai deixar de lembrar
do Laykson e do Élder, seu irmão?
Do Rafael, do Thiago,
a turma do fundão?
Da Jéssica sem ser de calça
e do Igor, o babão...
Daniely e o Anderson,
os casais que passaram
e os que se formarão...
(tou falando da Leyliene e do Raelson
que já se formaram, na verdade!)
Quem vai esquecer
o primeiro dia de aula?
O prédio A e a Alaydes,
pra frente, apresentada,
mas que graças a ela
houve aproximação.
Mais tarde união...
As despedidas:
Antônio Carlos, Anderson,
Aliceanny, Giovana,
Ewerton, Bruna e até de professor:
do Geraldão...
E os que saíram,
mas ficaram perto:
Rômulo, Dagoberto e João...
Carol e suas unhas,
Elias e suas piadas
e o menino de Elesbão...
Os jogos de uno,
depois de Magic
e o Eliézer jogando até pokémon!
A Jhussyele e a lembrança
que só nos enche de gratidão...
Tinha muitas outras coisas pra falar,
mas a memória é fraca, volátil...
precisa de uma revisão.
E, além disso,
a vida que vivemos
não cabe num poema escrito
por este grato cabeção...
Obrigado, pessoal!
Você são grandes,
importantes, valiosos...
Smurfs de montão!!!
E que a saudade fique,
mas sem tristeza
pois tantos amores ainda virão
e os que já estão aqui
pra sempre ficarão.
Um abraço e meu eterno desejo
que a felicidade sempre os acompanhe
e que Deus os abençôe,
amigos eternos do coração!

14 de novembro de 2011

Só Sei Que Tudo Aprendo

Tem gente que pensa que sabe
Tem gente que nasce sabendo
Tem gente que vive sem saber
Tem gente que sabe vivendo
Tem gente que finge que sabe
Tem gente que sabe saber
Tem gente que morre e que nasce
Tem gente que sabe aprender
Tem gente que sabe fingir
Tem gente que finge viver
Tem gente que sabe existir
Tem gente que vive a morrer
Tem gente que acha que sente
Tem gente que sente o viver
Tem gente que fala e que mente
Tem gente que sabe viver: vive a aprender!

10 de novembro de 2011

All You Need Is Love (Across The Universe)

Canção bastante conhecida do grupo britânico que dividiu a história da música. Este clipe é do musical Across The Universe (2007) feito em homenagem aos Beatles. Fica como sugestão, o filme e, mais fácil, o clip que encerra o musical. All you need is love. Nada mais é preciso dizer...

Das Consequências Negativas do Namoro

1. Ambas as partes passam a se sentir mais abestalhadas do que sugere a atroz realidade;
2. Torna-se impossível a apreciação de uma canção, seja ela de qual gênero for (excluídos aqui aqueles que suponho não fazer parte da moralidade), sem que o pensamento vá buscar imediatamente a companheira;
3. O celular passa a ser sua companhia ininterrupta e se o sinal da operadora faltar, o oxigênio que circula ao redor do afetado ouve palavras que um ser humano responderia à altura, caso as ouvisse;
4. O seu sumiço ou distanciamento temporário dos amigos ou compromissos começam a ser encarados como irresponsabilidade causada pelo namoro. Vale ressaltar que no começo do namoro, amigos e compromissos lidam com naturalidade e até incentivam essas “irresponsabilidades”;
5. Inicia um grande desconforto, seguido de um moderado desespero, quando a distância é grande o bastante para que se perceba a falta;
6. Há uma diminuição considerável das dores físicas e mentais e um aumento significativo da frequência cardíaca quando o casal está prestes a se ver, depois de algum tempo - que é, na verdade, pouquíssimo tempo, porém interpretado como séculos por cada um;
7. O tempo diminui drasticamente, sobretudo quando o casal está junto. Os dias começam a ficar mais curtos e, por fim, as tardes se juntam com a noite e tudo vira madrugada;
8. Todo mundo diz que todas essas consequências são apenas de começo de namoro e ajudam, benevolentemente, a preparar o casal para os desentendimentos, arruaças, freges, pendenga e salseiro futuro;
9. O casal não vê a hora de não chegar as brigas (ou sinônimos) colocados no item número 8;
10. (Esta é a maior das consequências) Nenhum dos dois considera alguma dessas consequências algo negativo.

Muitas são as consequências (positivas e negativas - muito mais positivas, óbvio) de um início de um namoro, mas o ponto realmente importante é a predisposição do casal a querer que sempre seja o começo. Utopia? Quem sabe! Pra maioria (quase 100% das pessoas) hoje em dia até viver é uma utopia. Vamos indo aqui... na felicidade que é a essência e na certeza de que, quando houver tristezas, como diria o Vinicius: “é melhor se sofrer junto que viver feliz sozinho”.


1 de novembro de 2011

Clarissa, Meu Amor

Escrevi este há quase dois meses. Se tivesse sido há menos de um mês, já teria trocado o nome da personagem principal da novela de Erico Verissimo pelo nome da minha personagem principal, Amanda. Mas você já sabe que é mesmo pra você, então... PS: você tava rouca!rs

Amar e ser amado...
Isso é tão bom que é bom demais!
Viver e sonhar acordado...
E é incrível como vem sempre mais.

Eu juro que não sou papagaio:
sou feliz e feliz de verdade!
E repito sem ficar amedrontado:
não há tamanho pra minha felicidade

Sonho de dia com poesia,
todas pra alguém que não sei bem.
E de noite faço melodias...
todas pra alguém que não vivo sem.

Tudo bem! Troquei aí em cima,
é que o amor é maior que a paixão:
esse alguém eu sei bem... é Clarissa!
Está escrito nos olhos, nas linhas da mão!

Meu bem, meu amor,
só vejo ipês em nossa vida.
Te escrevo porque não vejo o sol se pôr,
só vejo alegria com e sem rima...

Estamos na porta da frente,
entramos de mãos dadas.
Cantamos coisas que ninguém mais entende...
somos do tempo que o tempo não para!

Ser amado é muito bom...
e por ti melhor ainda!
Que se dane tua voz fora do tom,
pois até se fosses feia, tu serias linda!

Professor. Quem é esse que é todos nós?

Escrevi esse no dia do professor, mas só consegui postar hoje... o importante é a homenagem e aqui está ela!



Professor é aquele que nasce como todos nascem... sem saber, sem se preocupar em como vai aprender. Professor é aquele que tem o dom. Os que não têm buscam ter.

Pessoa que nasceu comum pra se tornar diferente: ter uma tranquilidade moderada; preocupações inúmeras; às vezes tempo pra nada; às vezes raiva de tudo. Mas tem a recompensa. E que compensa. No fundo, não há professor que negue a alegria que é construir e participar do futuro e do presente de tantos.

Cada ser humano é um gigante, mas alguns se sentem pequenos e só sabem que são gigantes por causa do professor, esse “grande gigante”.

Há quem diga que isso não é profissão, que professor nasceu pra sofrer. Há quem diga até que vida de professor não é vida. Afirmo: só diz isso quem não é professor. E professor aqui não é aquele que preenche o diário ou que corrige a prova. Todos nascemos professores. Se não nascemos, nos tornaremos e se não nos tornamos, precisaremos aprender a nos tornar. Se você não se sente professor, jamais será um filho (a), um pai ou uma mãe, um irmão ou irmã, um cidadão ou cidadã, um ser humano, um namorado (a) , um marido ou mulher...

Falando do professor que prepara a aula, perde o sono, ganha pouco... só esse professor pode sentir a grandeza do seu ofício. No fundo, todo professor sabe que, se o mundo é a junção do tijolinho que cada pessoa ajuda a sentar, ele é o mestre-de-obras.

Ser reconhecido?! Todo professor sabe que essa é a última coisa que ele deve esperar, afinal as melhores coisas da vida quase nunca são reconhecidas. Até Jesus foi negado (Ele que foi o maior dos professores). O maior presente dum professor certamente é ver o aluno impressioná-lo. Se assim não for, este não é professor.

Inteligente é aquele que impressiona, gênio é aquele que inspira. O professor inspira, entusiasma, se emociona, mesmo com tantos fatores negativos ao seu redor.

Professor é também estudante, é também errante, é também gente, também sente, também odeia, também ama, se estressa, se descabela, sente vontade de jogar tudo pro ar. Mesmo os que parecem super-herois de tanta firmeza e alegria que demonstram no que fazem, visto que essa é uma profissão essencial e desvalorizada, maltratada. Super poderes são esses...

Já comparei o professor a Jesus, devo compará-lo também à água: bem sem o qual não vivemos e ainda assim é desprezado. Porém quando estudado e compreendido (coisa difícil), é valorizado, respeitado, querido e recebe o cuidado que merece.

O professor é o melhor poeta, a maior poesia. O professor são todas as figuras de linguagem num só ser. É poema sem rima e é prosa rimada. O professor é até paixão. Quem aí nunca se apaixonou por aquela professora (ou professor, para as mulheres) que insistia em ser delicada, zelosa, paciente e bela até no olhar por cima dos óculos? O professor ensina da vida e vive a beleza desta vida, com um olhar e um coração que só ele tem... o professor é o exemplo e nunca um espelho!

O professor sozinho é muito, pois em todos há um professor!

Parabéns!


15 de outubro de 2011

Antônio Carlos Jobim - Waters Of March (Aguas De Marco)

Pra começar o fim de semana com música e com música muuuuuuuito boa... enquanto eu termino um poeminha em homenagem ao dia dos professores!

9 de outubro de 2011

♫"Céu de brigadeiro sobre nós..."♫

Finalmente tendo tempo pra escrever no meu blog sobre o acontecimento dessa semana que passou: o começo do namoro.

Bem, não quero entrar na intimidade demais. Basta saber que Amanda Luana é a namorada do Rivanildo e que, há muito tempo, muita gente esperava por esse namoro...


Quero postar aqui apenas a minha sensação horrível e maravilhosa que foi a de ficar nervosíssimo nas 48 horas que mais pareceram 48 dias anteriores ao pedido de permissão e de opinião ao seu Juvenal e dona Socorrinha sobre nosso namoro...

Minhas unhas estavam no tamanho perfeito, a música estava apare
ntemente decorada, a harmonia reta do samba que fiz parecia fácil: na hora foi tudo por água abaixo! Meus dedos tremiam tanto que eu estava parecendo mais o Yamandu Costa tocando um samba em sol menor - nota triste (com final em sol maior – alegre), para o pai da namorada.

Foi tudo muito bonito: a brincadeira e os elogios do seu Juvenal; a meiguice de dona Socorrinha; o pudim da Ananda; a viagem no carro ao outro lado da cidade; a família toda querendo ver a letra da música; a madrinha, responsavelmente, entrando no relacionamento... tudo maravilhoso.


Maravilhoso também é os parabéns dos amigos de ambos, que no sorriso e no brilho do olhar demonstram felicidade ao saber do namoro.


Alguns dizem: “esse começo é lindo...”; outros ainda (Neuma, sua chata!) que isso, essa magia toda, é só no começo... mas, não garantindo nada, garanto que ninguém faz ideia do quanto nós queremos quebrar a cara de todo mundo que insiste em igualar os relacionamentos e achar que existe um calendário com a ordem em que tudo vai acontecer: a alegria, a raiva, a tristeza e o fracasso...


Achei o remédio pra não assistir ao Jornal Nacional com aquele nojo de outrora (devido às notícias ruins): apaixonar-se. Nem tenho mais pensado nas coisas ruins do final do último parágrafo. É amor demais. E se isso for “só o começo”, eu e Amanda já estamos fazendo de cada dia o começo e nunca o fim.


Hão de achar que tudo isso aqui é utopia, mas por amor um Homem até morreu por nós há quase dois mil anos. Sei que o meu amor e o da Amanda nem
se comparam com o d'Ele, mas o nosso amor é em função do d'Ele, então sabemos que há muitas maravilhas a se esperar com isso.

Feliz por namorar a pessoa mais inadjetivável deste mundo e feliz com a felicidade de todos os outros que estão felizes com nosso namoro, termino meu texto, feliz, com a certeza de que não há felicidade maior do que fazer feliz a pessoa que já me transmitia a felicidade maior do mundo...


Abraços a todos... e me desculpe se daqui pra frente esse blog aqui vai ser mais descaradamente ainda da Amanda!

3 de outubro de 2011

Viva A Dispensa de Incorporação Militar!

Acordei hoje de manhã cedo pra acabar de uma vez por todas com essa peleja: a minha dispensa do serviço militar. E resolvi registrar aqui o que aconteceu nesta manhã do dia 3 de outubro.

Perdoem-me! Deixai-me corrigir o parágrafo anterior: eu não acordei cedo. O aviso anexado ao meu Certificado de Alistamento Militar dizia que eu deveria comparecer ao Círculo Militar das 6:00h às 8:00h. Acordei às 06:00h. E ainda não queria levantar. Estava (acho que ainda estou) meio de ressaca. Ontem foi domingo, festa de aniversário; uma amiga bebe e eu que fico bêbado... É assim mesmo! Dormi às 02:00h trabalhando, atrapalhando e conversando com a Amanda no MSN, logo não dormi ("já era mais de 3 qdo a gente foi dormir viu..." - corrige a mulher citada nesse último período composto). Foi um cochilo. Mas continuemos...

O problema não foi acordar tarde, foi pegar o ônibus tarde. A vinte metros da parada, passa o ônibus que eu tinha de pegar. Ele, claro, não parou. Fez pouco caso de mim. Aliás, não fez nenhum caso de mim. Mal sabia o motorista que ele estava diante de um jovem que poderia, quem sabe, ser do Exército... ahhh se ele soubesse o mal que fez!

Mas ele não fez nenhum mal. Tinha outro ônibus. E veio... mais lotado que o primeiro, mas veio. Dentro do ônibus, à medida que ia sendo encochado, tendo os pés esmagados e os que passavam querendo levar minha mochila, pensei até em repensar e colocar SIM na pergunta do meu CAM “Deseja servir?”, afinal estar na linha de frente de uma infantaria deve ser mais fácil que enfrentar um ônibus lotado. Porém não fiz isso, não. Quero ser professor. Quero ser gordinho e razoavelmente preguiçoso pra toda vida.

Consegui! Cheguei ao Círculo Militar. Perguntei onde era a seleção a um soldado que estava na entrada e ele me ensinou onde era. Eu disse “obrigado” e, enquanto saía, o cara me desejou boa sorte. Disse obrigado mais uma vez, mas dessa vez com um certo medo: boa sorte?! Pra quê? Por que vou precisar de boa sorte pra ir até aquela área que ele havia me apontado?! Será que aquelas histórias de humilhações que eu ouvira dos amigos que gostam de pôr medo era verdade? Fui...

Chegando na “área de seleção”, o soldado cujo nome esqueci pediu meu certificado de alistamento e minha identidade, me entregou uma senha e fui a outro soldado que estava na frente de um computador. Esse me perguntou o nome de meu pai e de minha mãe (pra confirmar se eu era doido mesmo ou se era só a cara - ou será se era apenas pra confirmar o nome dos azarados?!...) e me mandou esperar junto com outros 20 ou 30 jovens que estavam em pé numa sombrinha que ainda brigava com o sol às oito da manhã para uma avaliação médica.

Enfim chegou minha vez. O médico, que estava com um bafo chato de café, disse que ia fazer uma avaliação odontológica e oftalmológica em mim ali. Eu disse tudo bem. Ele prosseguiu. Terminando, com um pincel vermelho escreveu em minha senha “K083 B1” e gritou o mesmo ao soldado. Senti-me uma espécie de boi. Marcado. Ali entendi mais ou menos o que o Zé Ramalho queria dizer com a música dele. Acho que ele compôs Vida de Gado no seu alistamento...

Ao que tudo indica (ainda não sei bem), aquele código significava o motivo da minha dispensa: meu dente “desobturado” - à propósito, eu deixei esse dente sem obturação (ela caiu há um mês) de propósito: um motivo a mais pra ser dispensado. O médico perguntou se eu queria servir, disse que não. E logo saiu... acho que pra beber mais café!
Depois de mais algum tempo, outro soldado me mandou ir para uma “área de espera”. Lá estavam dispostas várias cadeiras de frente para uma tevê. Ligada a um aparelho de DVD, a televisão transmitia um filme sobre a importância e por que é bom ser do exército. Aquilo era uma espécie de lavagem cerebral. Lembrei-me até do clássico dos Beatles e da velha foto do tio Sam dizendo para mim “I want you!”. Mas eu não “want him”! Então, nada feito... era só esperar pra ser mesmo dispensado.

Tanto era uma lavagem cerebral que num dado momento do filme, quem apresentava era duas lindas paraquedistas cariocas. E pra provar que era lavagem cerebral de vez: elas estavam na praia, de biquini, falando dos momentos de lazer dos recrutados. Lembro que éramos trinta jovens que não estavam nem aí pro filme, mas que quando as paraquedistas apareceram, o filme, não mais que de repente, passou a ser assistido por 96,7% dos público ali presente (o 3,3% era eu... eu não comecei a assistir só por causa das mulheres! Eu já estava assistindo com atenção, ok?).

Demorou um pouco. Obviamente, eles chamavam primeiro os que queriam servir, enquanto os preguiçosos tinham de esperar.


Ouvindo o que passava no filme, descobri que Olavo Bilac é o patrono do serviço militar. Nunca pensei que a mão que à pena escrevia poemas também ia à guerra!

Olhando atentamente ao redor, vi uma placa com o nome “Circunscrição Militar”. Bateu um medo de repente porque eu li “Circuncisão...”. Pensei: será que vou entrar nessa sala?! Deus me livre!

Mas passou! Logo o Ten. Agostinho* chamou meu nome e dos outros rapazes que queriam ir embora. Bem humorado (finalmente alguém assim naquele lugar), explicou-nos como receber nossos documentos de Dispensa de Incorporação, pediu-nos que devolvêssemos as senhas de nossos pescoços, desculpou-se por qualquer coisa que não fez, brincou com sua perna direita maior que a esquerda e nos mandou embora.

E fui... saí e saíram também os outros jovens que receberam seus códigos em suas senhas, os outros jovens que também não queriam servir... pelo menos não ao exército. Voltamos pras nossas diferenças, saímos do que nos igualava: a vontade de não vestir uma farda camuflada. Um entrou num carro. Sua mãe o esperava. Outro subiu em sua moto. Eu subia um aclive em direção à parada. E voltamos para as diferenças, para o mundo cruel às vezes, legal na maioria...

Fui dispensado e, já na parada de ônibus, pus os fones de ouvido e ouvi, morto de feliz, um clássico dos Engenheiros do Hawaii, inspirado numa obra do outro gigante gaúcho, Moacyr Scliar: O Exército de um homem só.

Pois é, Amanda, tá despachado: diga ao seu Juvenal que fui dispensado, que não vou morrer em combate e que não vou deixar de me casar com você![risos]


* Esse nome merece uma citação porque é o mesmo nome do santo doutor da igreja, Agostinho de Hipona, e é também o nome de seu Agostinho, meu pai, que só pelo fato de ter me aguentado durante 12 anos já merecia uma canonização!

2 de outubro de 2011

Parabéns, Coisa

Este ano não te dei nada escrito à mão. Este ano quase não te dou nada escrito, mas a verdade é que palavras pra falar de ti não faltam nunca.

A Coisa que eu mais gosto no mundo... a menina que eu nunca gostei de parar pra elogiar ou listar todas as coisas que é, pois tu és muitas coisas dentro de uma Coisa só. Acho que nem teus irmãos, quem sabe nem seu Joaquim e dona Eliana sabem mesmo o tanto que tu és. Não que eles não te conheçam, mas é que eles ainda vivem também... e é preciso uma vida toda pra saber o tanto que tu és!

Débora, eu não consigo dizer que você é a melhor coisa que me aconteceu nesse mundo, mas, graças a você, tenho acesso a outras milhões de coisas tão boas quanto você: os amigos, os momentos, os lugares, as canções... enfim, tudo que conheci por intermédio de você.

2 de outubro, dia do anjo da guarda?! Que nada... hoje é seu dia! Os anjos da guarda são importantes porque cuidam de nós e nós não os vemos. Imagine, então, o quanto você, que cuida de mim e eu vejo, é importante... Cuida de mim caçando conversa, enchendo o saco, fazendo coisas tipo essa da foto comigo, me deixando nervoso quando eu penso que está com raiva de mim; essas coisas!

Minha melhor amiga, se eu pudesse dizer que tenho uma. Digo isso porque vejo injustiça te escolher como melhor amiga. Seria molecagem com as outras amigas e seria mais um motivo pra você mandar em mim mais do que já manda!

Muitos outros 17 anos de vida, minha amiga querida. Que Deus continue te abençoando e te fazendo essa menina incrivelmente incrível que você é... e continue... continue sendo flor e mostrando pros quatro cantos da vida que perfeição existe na simplicidade! Abraços, minha amiga!

1 de outubro de 2011

Coisas Que Um Homem Não Pode Dizer A Uma Mulher...

... ainda mais rimando, como eu estou fazendo! Estas são coisas que um homem não pode dizer a uma mulher, mas que a gente sempre acaba dizendo. Às vezes sem dizer. Mas diz! E eu (louco) digo até dizendo isto aqui...


Quando mandas, obedeço...
E você não se manca: não te mereço!
Quando danças, esclareço:
eu não danço e não é por medo.
Quando encantas, apareço
e brilhas como o sol de manhã cedo.
Quando balanças, agradeço.
Quando te abraçam,viro a cara. Esqueço.
Quando choras, escureço...
perco o sono e até dinheiro.
Quando somes, entardeço,
Desfaleço,enfraqueço. Entristeço.
Quando voltas, amanheço:
fico alegre e me reconheço.
Quando ris é o começo,
da alegria infinita no meu peito...

A Importância De Uma Pedra

Quem acha que a pedra não é uma coisa importante, atire a primeira pedra... Só por essa citação eu já poderia abester-me de escrever o restante das ideias que estão saindo da minha cabeça e que, através dos meus dedos, chegam ao teclado que as levam para minha CPU, que envia para a internet... que você está perdendo seu tempo aí agora lendo.

A importância da pedra (sem falar de atirar nos outros) é visivelmente gigantesca. A pedra serve para calçar a estante ou o rack da sua casa que não se aquieta nenhum segundo - que como diria minha avó: tá em falso!; serve para apoiar um pano que você resolveu estender no muro da sua casa; serve para bater em alguma coisa na ausência de um martelo...

Existe a pedra que serve pra riscar e até a pedra que serve para lhe localizar - apesar de que eu nunca entrei mata adentro precisando das pedras pra saber o caminho de volta.

Eu fiquei a me perguntar, quando parei pra pensar na importância da pedra: o que é pior: um dedo apontado ou uma pedra atirada? Não sei! Tem dedos que, apontados, são piores que uma pedra lançada com toda força. E ainda tem as línguas...

Existe pedra pra tudo, como eu disse: pedra pra atirar; pedra pra calçar; pedra pra limpar; pra lixar... existe a pedra no sapato. Tem até o coração de pedra...

Mas que fique bem claro que, seja qual for, cada pedra tem sua importância; a que apoia ou a que atrapalha, a que firma ou a que faz sangrar... todas tem sua devida importância, afinal não tem coisa ruim que não seja boa, pelo menos de um certo ângulo. E vice versa! E essas pedras nos servem, óbvio, para sabermos o quanto podemos suportar e para aprendermos a suportar, se não aguentamos ainda...

23 de setembro de 2011

Construção

A bota do sr. sapateiro
tem sempre dinheiro,
um brilho bem negro
e enche sempre de medo
o jovem do correio,
que passa sempre bem cedo,
errando os endereços,
curiando os dizeres alheios,
andando sempre sem freio...
Porém feio mesmo
é o cara que constrói o banheiro:
ele se suja com nojo...
não pode ser pedreiro.
Ninguém tem o direito
de não se sujar por receio.
Todos temos segredos.
Todos apontamos o dedo.
E saiba que isso não é rodeio,
é só falta de anseio!
Solidificar o enredo
é fazer o amor virar rochedo -
terreno forte e sereno;
e um frágil bosque ameno -
enchendo o amor de bom recheio,
deixando o compromisso mais ameno
e o viver de sonho alegro
e o sonhar de viver pleno!

19 de setembro de 2011

...²

“Mas por que será que assim de repente, duma hora para outra, a gente se enche de alegria, dum contentamento muito grande, que dá vontade de abraçar a todos, de dançar, de pular, de correr daqui para ali, de... de... nem se sabe de quanta coisa mais!”
(Do romance "Clarissa" - Erico Verissimo)

...

“Por que será que a gente às vezes amanhece assim triste, olhos pesados, uma vontade inexplicável de chorar, de abraçar alguém que nos possa passar a mão de leve pelos cabelos?”
(Do romance "Clarissa" - Erico Verissimo)

Não Sei do Que Estou Falando...

Que me perdoem os pessimistas,
os inteligentes e os semitas,
mas eu não sei o que é sofrer...

Perco meu tempo amando!

Entre lágrimas e risos,
sábios e omissos,
tenho mais o que fazer...

Sigo andando sem andar me apressando!

Há muitos que sabem mais
e que ensinam o que ninguém faz!
E eu aqui sem querer aprender...

Ensinar aprendendo, aprender ensinando...

A graça da vida, a beleza de tantos:
errar no acerto, acertar errando.
Só eu não tenho a sorte de saber...

Azarado, amo, sem saber, viver cantando...

Viver rimando, dançando, falando,
tocando, sonhando, aprontando...
tudo isso pra sorrir quando crescer,

Mesmo que, no fim, a gente acabe chorando...
de emoção e não de dor,
de amar tanto o amor...

8 de setembro de 2011

Nenhum de Nós - Último Beijo - Clipe Oficial

Pra quem ainda não viu nada do novo Cd do Nenhum de Nós, aqui está o vídeo de uma das canções desse mais recente e ótimo trabalho dessa banda gaúcha...

Um poço de delicadeza...

Numa manhã qualquer, no centro da cidade...

Rivanildo: "Professor, cara, o senhor, meu professor de segurança no trabalho, usando celular enquanto dirige, professor?!"

Professor: "Fi duma égua, eu fui teu professor foi de segurança no trabalho, não foi de trânsito não!"

4 de setembro de 2011

O Espelho

Quem nunca se olhou de cima abaixo na frente de um? Quem nunca se xingou na frente de um? Quem nunca conversou consigo mesmo na frente de um? Quem nunca usou a famosa frase "espelho, espelho meu..." (em alguns casos não necessariamente para perguntar se há alguém mais belo, mas tudo bem)?

Há quem diga que a televisão é o mais importante numa casa. Outros acham que é o computador, outros que é a cama, outros ainda que é a campainha (acredite! Tem louco pra tudo...), mas estão todos enganados! O utensílio mais importante do mundo dentro de uma casa é o espelho.

Homens ou mulheres, ninguém vive sem o espelho. Mesmo que o espelho seja um espelho enorme pregado na parede ou só um daqueles de estojo de maquiagem!

As viagens dão conta disso: quem nunca presenciou ou vivenciou uma confusão lastimável porque o espelho não estava na mala?

Não satisfeitos com o reflexo nas paredes de casa, ainda têm aqueles que veneram o ser que aparece em sua frente no retrovisor dos carros ou nos vidros das lojas. E hoje eu já não me espanto mais quando eu vejo alguém espremendo espinhas de frente pro celular. É que até o celular com câmera na frente já virou uma espécie de espelho...

Várias foram as vezes que eu estacionei meu rosto na frente do espelho e fiz caretas para o cara lá da frente. Juro que não pratiquei aquele ato: sair e entrar na frente do espelho pra ver se o reflexo estava me acompanhando mesmo. Eu juro! Várias também foram as vezes que eu tive vontade de dar um cruzado de direita na cara do cara do espelho. Acontece que quando fazemos uma besteira temos a leve intenção de enfiar a mão na própria cara. Trato isso com a maior naturalidade do mundo.

Meus amigos, o cúmulo foi ver um dia uma jovem se olhando na frente dos óculos da amiga... Isso é que é gostar da própria imagem!

Nunca fui de me olhar muito. Não sou narcisista nem politeísta e ainda tenho muito medo de ter pesadelos durante o sono! [risos] Aliás, sou narcisista sim, se for como diz o João Cláudio Moreno que narcisista não é aquele que se olha no espelho porque se acha bonito, ele se olha tanto porque está procurando um ângulo que fique bonito. Sendo assim, alguns narcisistas morrem sem achar esse ângulo porque nunca conseguiram se ver de costas, não é mesmo?!

O espelho é aquele negócio que lhe deixa satisfeito ou revoltado, que lhe faz admirar ou temer e que até faz rir ou chorar - tudo depende de como se olha e de quem é o dono dos olhos que estão na frente do espelho!

3 de setembro de 2011

A Beleza

Beleza natural é a minha Teresina,
Beleza de verdade são os olhos de Uma mulher
Mas não era pra ser menina?
Não... eu rimo se eu quiser!
E eu só quero dizer
que beleza mesmo é te ver!

#VitoriaDoPovoTHE

Mais uma vez, muitos dias longe do blogger! Culpa dos tempos. Se houve uma frase certa nas capas de livros, essa foi a de Moacyr Scliar falando de agosto - "mês de cães danados".

Cães danados, mas que serviram bastante. Sobraram latidos, hoje faltam sorrisos... Refiro-me ao que aconteceu aqui pela Chapada do Corisco na última semana do mês de agosto: um movimento sem precedentes de mobilização popular contra a decisão de um cara que às vezes é um prefeito - só às vezes.

Não queria divagar muito sobre isso, pois os movimentos falam por si só (e as imbecilidades cometidas pela imprensa também!). Mas é preciso lembrar que foram momentos que já fazem parte da história da terra da cajuína!

Quem esteve na rua certamente se emocionou bastante e é uma pena que ainda existiram aqueles que se diziam "contra" o movimento.

Não brigamos por causa de vinte centavos a menos na passagem de ônibus, brigamos para dar um basta numa situação triste: as decisões dos que nos administram e representam, que na maioria das vezes nos são desfavoráveis!Na internet (pelo Twitter) vimos uma aula de como nossa imprensa deveria ser, nas ruas um exemplo de cidadania, que o TSE insiste em pôr no voto o maior exercício dessa cidadania. Lembro: o voto é a última coisa que nos faz cidadãos.

E veio a violência... sujou o movimento? Não! Deu visibilidade! Tenho certeza que ninguém se orgulha disso, mas o ônibus queimado foi um acontecimento evitável. Contudo, a omissão, o despreparo, a negligência... foi tudo isso maior. Mas a violência não tirou o brilho dos protestos. Uma dúzia de baderneiros não são mais importantes que milhares de estudantes dispostos a provar que a juventude ativa não ficou no passado.

Não teve nada mais emocionante que passar na frente do Shopping da Cidade e ver aquela multidão na Av. Maranhão eufórica e a outra multidão na sacada do shopping incentivando a nossa euforia. Só não se arrepiou quem não tinha pelo!E àqueles que criticaram os supostos interesses políticos-partidários do #ContraOAumento, queridos, digam-me onde é que não há interesse político-partidário. Na imprensa? Nos órgaos públicos? Nas empresas? Em tudo há o interesse, e que maravilha seria se pelo menos 10% dos interesses dos partidos fosse o bem-estar da sociedade! Acho que nem vendo eu acreditaria... E, além disso, a verdade é que todo mundo é um partido político. É uma pena que nem todo mundo tenha sua ideologia voltada para o bem-comum!

Parabéns aos que lutaram lutando e aos que lutaram até sem gritar... Isso tudo fez todos nós sentirmo-nos bem mais cidadãos e bem mais piauienses! E que venham outros momentos iguais a esse, certos de que nada será igual a isso...


24 de agosto de 2011

Jorge Luis Borges

"O tempo ensinou-me algumas astúcias: evitar os sinônimos, que têm a desvantagem de sugerir diferenças imaginárias; evitar hispanismos, argentinismos, arcaísmos e neologismos; preferir as palavras habituais às palavras assombrosas; intercalar em um relato traços circunstanciais, exigidos agora pelo leitor; simular pequenas incertezas, já que, se a realidade é precisa, a memória não o é; narrar os fatos (isto aprendi em Kipling e nas sagas da Islândia) como se não os entendesse totalmente; lembrar que as normas anteriores não são obrigações e que o tempo se encarregará de aboli-las." (Do prólogo de Elogio da Sombra)

21 de agosto de 2011

♫"É uma febre terçã..."♫


Ficar doente é interessante! Leiam bem: eu disse interessante! Não disse bom...

Muitas são as vantagens pra quem sabe aproveitar: ser paparicado; receber café, almoço e jantar na cama; pedir o que quiser e ouvir NO MÁXIMO um "já vai"; todos ligarem pra você perguntando como você está e sua mãe (ou quem estiver cuidando de você) atender dizendo que você está doente, mas que está melhorando... e outras regalias mais, mas que, como explicarei nos parágrafos adiante, não posso desfrutar nem dissertar sobre.

Sempre fico com muita inveja dos meus amigos quando estão doentes, pelos motivos apresentados anteriormente. E sinto essa inveja, obviamente, pelo fato de não fazer parte da minha realidade todos os benefícios que tem um enfermo.

Quando tenho achaques, tenho duas opções: ir à farmácia comprar meus próprios medicamentos ou ligar para farmácia e pedir que venham entregar - azarado como sou, devo ligar sabendo do grande risco que corro: eles me mandarem ir buscar!

Não recebo café, nem almoço, nem janta na cama. Muitas vezes recebo é ligações de seres viventes me cobrando favores, serviços. Quando peço alguma coisa, escuto o "vai tu". Quando os amigos ligam chamando pra jogar bola ou pra tocar violão e digo que estou doente, escuto o "é veadagem"...

Pra resumir, queria só deixar claro que estar adoentado, coisa que pra alguns é privilégio, pra mim é pior que suicídio. E espero, algum dia, ser mimado pra valer, não apenas por uma alma caridosa que vive me mandando mensagem dizendo pra eu me cuidar - que eu fico me perguntando, às vezes, se ela existe mesmo (brincando, viu Amanda?![risos])!

Se serve de consolo pra mim, tenho essa lady das mensagens e o Tom Jobim no fone de ouvido. E se serve de conselho pra você: adoeça, se seu caso for o do segundo parágrafo; ou cuide-se bem para não adoecer, se seu caso for o meu!