11 de maio de 2011

Porque existe a TPM...


Enquanto lá no Congresso Nacional vai uma briga néscia por causa de homofobia, aqui no meu blog quero divagar sobre a criatura mais perfeita desta vida: a mulher. Mas não vou falar do encanto feminino e sim de uma coisa que nos faz, ao mesmo tempo que massacrados, ainda mais apaixonados por vocês... a TPM! E tudo em clima de Salão Internacional de Humor do Piauí...

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Tudo bem! Mario Prata tava certo: tudo que um homem faz é por causa de (no mínimo) uma mulher. Mas tem me deixado indignado certas situações em que a mulher tira vantagem, mesmo com tantas vantagens que ela já tem.

Já ouvi histórias que a mulher usa o cérebro melhor do que nós homens, histórias que ela é mais atenta e sabe otimizar o tempo e etc. Concordo em grau, gênero e número. As mulheres são bem mais evoluídas que os homens. Sempre foram. Mas tirar vantagem com todas essas vantagens que já possuem é demais.

Poderia falar de uma infinidade de coisas: a garota que faz o namorado passar pelas situações mais ridículas possíveis – ridículas aqui quer dizer constrangedoras, ok?; a mãe que diz pro filho que ele pode fazer aquilo do jeito que ele quer, que ela não se importa, mas deixa implícito (explícito, às vezes) que ele vai se dar mal se fizer do jeito dele; a mulher que faz o homem andar sempre barbeado, cheiroso, banhado, bem vestido exatamente para sentir que pode exigir isso do homem, mesmo sem exigir; a menina que faz os meninos pararem o futebol ou então correr mais depressa para fazer as jogadas mais incríveis só para ser percebido pela donzela que passa... Poderia falar de todas essas e muitas outras, mas quero falar de uma, em especial: a TPM.

Essa, de longe, é a pior sigla que existe. Falam de INSS, IPTU, IPVA, ICMS, IFPI, CPMF, ELETROBRÁS, ENEM, falam até do DEM e do PT... Mas essa é que é o diabo: TPM. O significado é eufêmico. O que mata é o efeito desse estado mensal em que a mulher se encontra ou diz se encontrar.

Desculpem-me as mulheres, mas acontece que de vez em quando duvido da veracidade da Tensão Pré-Menstrual. Não é que não entre em minha cabecinha o fato de vocês sofrerem com a saída indesejada de um ovulozinho fofo e invisível: o estresse, as variações imediatas de humor, as cólicas e as cefaleias, a sensibilidade, o cansaço e o suor frio (tem mesmo isso ou eu já tou confundindo com outra coisa?).


Parece que a TPM foi criada para o homem perceber o quanto é inferior. Todo mês, a mulher tem um período em que pode destruir um homem (seja batendo nele mesmo ou somente conseguindo dele tudo que ela quer) e com uma justificativa. Nós homens não temos isso. Não temos um período em que nos estressamos e somos compreendidos, não temos uma época do mês, do ano ou da vida ao menos, em que somos bajulados, bem tratados e bem cuidados enquanto maltratamos todos à nossa volta.

Se uma mulher grita "no pé do seu ouvido" antes mesmo de você dar motivo para que ela grite, na TPM, aquilo deve ser encarado com normalidade e, em alguns casos, até incentivado. Se uma mulher chora, na TPM, não basta cantar “encosta a cabecinha no meu ombro e chora”, pois ela não obedece ninguém e nem sorri com esses micos que a gente se dispõe a pagar por elas. A mulher deve ser compreendida nos 365 dias do ano, mas deve ser adulada ainda mais durante uns 50 (isso aproximadamente, e de cada mulher).

E tudo bem que não tenha dia pro homem mudar o humor e ser tolerado. Nós nascemos para aguentar a TPM, bem mais do que qualquer outra sigla: é nosso dever calar quando a mulher gritar e abraçar quando ela chorar; dar a cara para ela bater e, ainda assim, massagear suas costas; concordar com grandes atrocidades e dizer que todos estão errados em discordar dela; usar no vocabulário palavras no diminutivo e não xingar, mesmo que em pensamento; entender se ela não estiver a fim, seja de “ficar” (não me sinto bem usando essa expressão, mas tudo bem!) ou simplesmente de dar atenção... Nossa recompensa é a existência do ser mais belo que existe.

E mesmo maltratados, sofridos, insultados e ofendidos, precisamos ser fortes sem que elas reconheçam que somos. Por isso então, deve ser compreensível o fato de que, mesmo já tendo tudo, elas ainda têm a TPM - nossa rival, a vilã da história - mas é o que faz a gente entender que mulher é um ser tão incrível que mesmo quando ela se diz destruída, acabada e morta, continua linda, majestosa, continua mulher.

E não tem nadinha, só são alguns dias de TPM. Logo acaba. Elas voltam ao "normal". E o estresse, a raiva, a ansiedade e a sensibilidade, as carinhas de choro e as sobrancelhas fofas e exigentes voltam a não ter a explicação de que é tudo culpa da TPM, mas, mesmo assim, toleradas, respeitadas, incentivadas, compreendidas e amadas. Esse é o normal delas e o que nos deixa apaixonados tão fácil e inevitavelmente.

2 comentários:

  1. Ameeeiii o texto! Muuuito bom! Estava gostoso de se ler! xD

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  2. Aprecio muito seu ponto de vista...Eu particularmente concordo com TUDO aí!rsrs
    Principalmente com a parte do "...É nosso dever calar quando a mulher gritar e abraçar quando ela chorar; dar a cara para ela bater..."
    Certíssimo! Certíssimo!
    [=

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