Ontem (05/11) foi dia de um monte de coisa, uma dessas coisas é o Cinema Brasileiro. Em virtude do meu dia 05 (nesse meu texto, o dia 05 aqui será encarado como ontem. Mas não vou mais falar a respeito disso não...) ter sido cheio, escrevo hoje, dia 6, em homenagem ao nosso cinema.
Meu gosto pra cinema é mais juvenil do que o próprio dono do gosto. Tenho vontade de ser cinéfilo, mas por enquanto sou cinemofóbico. Não que eu tenha medo de cinema. Tenho medo é dos meus comentários sobre o cinema. Mas enfim... são comentários.
Quanto ao cinema nacional, é quase impossível não ter um gosto apurado, pois nossos filmes são, de maneira geral, maravilhosos. Um fator que faz a qualidade do nosso cinema ser tão honrosa é a forte e sábia ligação do nosso cinema com nossa literatura, coisa que acontece pelo mundo afora, mas no Brasil tem um sabor mais especial devido à maravilhosa literatura que temos.
Alguns tabus ainda precisam ser quebrados: a divulgação e a dignificação do nosso cinema. As pessoas ainda dão pouco valor ao nosso cinema, por mais que isso tenha melhorado. Os mais pobres se valem de sua posição social para não buscar o cinema, assim como qualquer outra forma de cultura. Mas aí mora a responsabilidade humana e cidadã: exatamente por faltar riqueza material, é preciso buscar riqueza intelectual. A pobreza não é um muro intransponível para ter-se acesso à cultura, ela é só um obstáculo. Devo considerar o fato de nosso governo não incentivar nem a produção nem a divulgação nem a veiculação dos nossos filmes, mas isso também não é muro. Se o governo fosse um muro para o enriquecimento cultural da população, o nosso país jamais teria superado a ditadura e jamais teríamos conhecido Glauber Rocha...
Outro problema em nosso cinema é a distância do povão às salas de cinema. Tirando Tropa de Elite 2 as pessoas não falam em outro filme... Só mesmo Guel Arraes com O Auto da Compadecida (de Ariano Suassuna) e Moacyr Goez com O Homem que Desafiou o Diabo (de Nei Leandro de Castro) e alguns outros poucos conseguiram a popularização dessas obras tão dignas de aplausos e elogios. No mais, os filmes deixam a desejar quanto a sua complicada abordagem. Mas isso também é devido a nossas salas de cinema ainda serem um plano longínquo para nossos potenciais cinéfilos. E o porquê disso é óbvio. Hoje em dia andam preocupados demais com o bolsa família pra se preocuparem com a cultura de nosso povo.
Vou terminar essa "homenagem" com dez filmes (dos doze) nacionais que assisti e que são de altíssimo nível. Lembro (mais uma vez) que meu gosto cinematográfico é horrível!:D
Parabéns ao cinema nacional!!!
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