Poethomem
É pouco o peito do homem
para o poeta guardar:
ele está como represa
quando vai arrebentar.
É pouco o peito do homem
para o rio que dentro dele
quer, sôfrego, navegar.
Mas o homem é necessário,
dele o poeta precisa:
um é unho - o outro é vário,
um voa - o outro pisa.
Raimundo José Portela de Carvalho (Moranno Portela)
É pouco o peito do homem
para o poeta guardar:
ele está como represa
quando vai arrebentar.
É pouco o peito do homem
para o rio que dentro dele
quer, sôfrego, navegar.
Mas o homem é necessário,
dele o poeta precisa:
um é unho - o outro é vário,
um voa - o outro pisa.
Raimundo José Portela de Carvalho (Moranno Portela)
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