10 de setembro de 2010

Piauisia...


Poethomem
É pouco o peito do homem
para o poeta guardar:
ele está como represa
quando vai arrebentar.

É pouco o peito do homem
para o rio que dentro dele
quer, sôfrego, navegar.

Mas o homem é necessário,
dele o poeta precisa:
um é unho - o outro é vário,
um voa - o outro pisa.

Raimundo José Portela de Carvalho (Moranno Portela)

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