Parei hoje pra observar o travesseiro. É incrível como aquilo é importante e não é importante, ao mesmo tempo.
Tirei essa conclusão (burra ou não) por minha experiência. Todos os dias eu começo a madrugada com dois e começo o dia com nenhum. Aqui ele aparece meio sem importãncia...
Agora me permito explicar. Dois porque é um para a cabeça e um para as pernas. Aprendi a dormir assim depois de sucessivas e dolorosas dores dorsais. Decúbito lateral, esse é o nome formal desse jeito de dormir. Dormir de lado, esse é o nome bonito.
Mas sua importância não se resume em deixar a coluna torta ou reta, dependendo do seu uso. O travesseiro também se mostra fundamental nas horas em que você não tem nada pra conversar com os amigos que vêm lhe visitar. Acabou o assunto, não tem nada pra mangar, então dá-lhe travesseiradas!
Parece coisa do século passado, mas me peguei um dia desses na infantaria de uma dessas batalhas. Acho que jogar um travesseiro (ou almofada) na cara de um amigo é mais antigo que dormir com travesseiros.
Parece também coisa imbecil, talvez até infantil mesmo, mas é grande o significado que isso tem. Bater num amigo com um travesseiro é como querer dizer que a raiva que você sente dele é tão leve como uma pena, e se algum dia for preciso partir para a agressão, não vai doer, pois a amizade é mais forte que o erro. Lembrei agora a velha: “entre tapas e beijos, é ódio é desejo...”. Parei!
Ainda existem várias outras funções do travesseiro, funções que eu nem sei se é possível existir fora de minha casa: o travesseiro serve pra cachorro dormir; serve pra você colocar embaixo da barriga quando você está com dores intestinais; pra você colocar nas pernas enquanto assiste TV e poder apoiar os braços; pros gatos amolarem as unhas; pra colocar embaixo dos assentos de alguém que tem aquele negócio chato que o Varicel combate; pra você colocar prato em cima, enquanto come alguma coisa sentado na cama, serve até pra uma pessoa abraçar quando está carente de abraços...
Incrível a importância desse item que seja de espuma, de pluma ou de fibra tem posição privilegiada, embora às vezes dolorida, em nossa vida.
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