23 de outubro de 2010

Pra Abestada...

Não sei se a vista cansada
Ou o nariz por assoar
É o que me faz vir na madrugada
Te escrever e em ti pensar,
Te chamar de abestada
E o meu amor vir te mostrar...

Só eu sei o quanto está ruim
Manter o olho aberto e o pensamento
Em você que está tão longe de mim,
Tão longe no espaço do tempo.
Devia mesmo ter começado do fim
Pra evitar constrangimento.

É! Eu sei que não sei sorrir,
Como não chora o meu coração.
Eu sei que não tem “cair”
Quando penso numa canção,
Quando penso no que vivi
E que te contei pela pressão.

Eu queria muito mais que escrever.
Queria era enxergar o céu.
De cima olhar o ser e ver você,
Te ver riscar esse papel:
O mundo e os seus inúmeros porquês.
As lágrimas que em ti descem como mel.

Se o teu amor por mim aumenta,
Sinto ter que desapontá-la:
Ainda te vejo como uma tormenta,
Uma chata que não se cala,
Um suco ruim que não se experimenta,
Uma rosa feia que se despetala.

Sei que deve saber o quanto rio agora.
A madrugada, mais uma vez,
Ficou mais alegre, mesmo longe de onde moras.
É na dureza que te mostro minha languidez,
Já que sou fraco embora seja você quem chora...
Não lacrimejar pode até ser estupidez,
Mas é o que me mantém bem longe e fora
Da tristeza que é mais chata do que jogo de xadrez.

Continue chorando, rindo de mim e me amando
Enquanto eu continuo escondendo
Que, apesar de não terminar rimando,
O que, a cada segundo, pretendo,
Mesmo odiando,
É dizer que te amo, minha chata, minha querida, Amanda!

3 comentários: