Estava aqui me lembrando do cara que deixou uma mensagem libertadora dois milênios atrás... Essa mensagem, ainda tão ignorada, rejeitada e às vezes silenciada, na verdade, é um convite cujo fim é escancarar que nossa pequenez e nossa imundície podem ser convertidas em perfeição quando entregamos nossas alegrias e dores nas mãos de quem nos prometeu a Glória. Essa mensagem, meu caro, não é fabricada pelos realities show e distribuídas no atacado pelas redes sociais.
Hoje, super atrasados, ex-integrantes de reality show, influenciadores e demais personagens, depois de sua jornada de crescimento midiatizado, viram portadores de verdades, tornam-se alvo de toda a nossa atenção, por meio de entrevistas, peças publicitárias, memes e até filmes que contam detalhadamente sua redenção. Viram, pelo poder cinematográfico da mídia, exemplos a serem seguidos, personalidades históricas, viram repertório a ser utilizado na redação do Enem...
E assim vamos permitindo que interesses comerciais virem a lente pela qual enxergamos toda a caminhada da humanidade. Vamos reduzindo todo o aprendizado de milênios de experiência humana ao simples lampejo da vida de alguém que está engatinhando no conhecimento de si mesmo. Assim vamos engolindo que aquela pessoa, transformada em outdoor de grandes marcas, vire um modelo de vida a ser seguido.
De repente, você fecha os olhos e se pergunta por que esse mundo está cada vez mais doente. Se ficar com os olhos fechados por mais tempo, vai encontrar a resposta. Vai encontrá-la precisamente na transformação da Fé em paixão a ídolos fabricados com fins puramente comerciais. Se deixar os olhos fechados mais um tempinho, vai perceber que você é um simples número, você é um mero seguidor.
Enquanto isso, Jesus, mesmo sendo Rei dos Reis, está aí no seu coração, chamando você de amigo, sendo sua companhia no sofrimento, torcendo piamente pelo seu crescimento, querendo ver você reluzente e não nas sombras de alguém, esperando você na Glória eterna e não preso no contentamento de tão pouco nesta vida.
Foi isso tudo que me fez lembrar no cara que já cantou esta pedra há tanto tempo: mostrou-nos um caminho a seguir, no qual pedras e espinhos devem ser removidos para que nos transformemos em terreno fértil de frutos que, na hora certa, tornam-se sementes de esperança, único remédio possível da doença mortal que nos infecta e nos rouba a liberdade. Enfim, amigo, jamais se esqueça da “æterna veritas et sapientia quæ nec fallere nec falli potest”.
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