20 de setembro de 2012

Escrever, Cantar... Viver.


Mil perdões, caros amigos, guerreiros da vida e alegres viventes, pelo tempo relativamente longo sem um texto, postando apenas poemas guardados nas gavetas virtuais do computador e nas folhas dos cadernos jogados pelo armário.

Confesso que não é falta de ensejo nem de desejo. Julgo ser apenas preguiça mesmo. Preguiça porque tenho feito muito pouca coisa além de ler e de viver. Sendo que ler e viver são verbos que completam o belo período composto que é a vida. Mas aí eu questiono a mim mesmo: como é possível ter preguiça de escrever? Escrever também não é verbo que completa o viver?

Quem gosta de escrever sabe que escrever é como ouvir música. Não há como haver preguiça nisso. Cada linha que você escreve traz um gás, uma disposição enorme. Cada vez que alguém comenta algo que você escreveu traz um entusiasmo magnífico. E cada coisa que você lê e que te faz deleitar-se lendo traz uma vontade absurda de escrever. Assim também é a música, sabemos.

E ainda sou defensor da escrita em papel, embora a letra deste escritor (e aqui eu lembro: sou escritor porque escrevo e não porque sei escrever) seja feia. Letras no papel são como música no rádio. Já inventaram ipod, mega fones de ouvido, milhões de media players, mas não há nada como ouvir música no rádio. Vou além: não há nada como pôr numa FM qualquer e tocar aquela música do coração. É como se outros tantos estivessem sentindo o mesmo que tu sentes enquanto viaja ao som da música.

Esses parágrafos foram só para lembrar (a mim mesmo) que escrever é como ouvir música e que a paixão de um e de outro deve ser tão grande quanto a paixão pela vida, afinal isso é também viver.

Escreva! Escreva com paixão. E faça do que tu escreves música. Cante! E cante com carinho. E transforme cada nota que cantares em bela história de amor, senão a alguém, à vida, pois é ela aquilo que mais se deve amar.

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