Como pode um coração
viver incerto de si,
inquieto ao meio da canção,
levantar-se sem cair?
Como pode uma curva
não levar a um lugar,
sem chamar-te à leve e pura
maravilha de sonhar?
Não há só sempre o não
que te leva a desistir,
há ainda a exclamação
de vitórias do porvir;
Há ainda uma mesura
junto às voltas do luar
as quais elevam com doçura
cada cor que relumbrar.
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