9 de março de 2012

Homenagem Às Donas do(s) Dia(s) Da(s) Mulher(es)


São engraçados os tipos de mulheres que têm dominado os poemas, crônicas, notícias e histórias desse mundo: a mulher guerreira; a mulher trabalhadora; mulher mãe; mulher chefe (de família e de trabalho); mulher bem-sucedida; mulher independente; determinada; rígida... Todavia permitam-me dizer, caras damas de ontem, de hoje e de amanhã, que esses arquétipos são um saco.


Tudo bem, tem mulher que é tudo isso aí que eu listei no parágrafo anterior, porém não é só nisso que se resumem as mulheres, tampouco existe um padrão de mulher. Se assim o fosse, não existiria a diversidade de mulheres que existe, afinal são vidas que carregam suas peculiaridades e seus princípios próprios, distintos (apenas inspirados) dos de outras mulheres.

Hoje em dia não se louva mais a sensibilidade, a indecio, o medo das mulheres. Parece que se é uma mulher, ela tem que ser determinada, não pode ter medo, tem de ser insensível... tem de ser melhor que um homem! Como? Como as mulheres podem ser melhores que os homens, se elas nunca foram piores?

“Atrás de um grande homem, tem sempre uma grande mulher” virou atualmente “na frente de grande homem, vem sempre uma grande mulher”... As feministas, ou os “masculinistas” (para não dizer machistas) não param pra pensar que o jargão que se deve defender é: “ao lado de um grande homem, vem sempre uma grande mulher”. É utopia pensar assim?! Pois que seja. Não tenho esperança de um mundo onde as mulheres dominem os homens em resposta ao passado em que os homens humilhavam e desumanizavam as mulheres. Tenho a fé de ver um dia homens e mulheres dispostos a andarem de mãos dadas como dois companheiros e não como dois competidores.

Quero ainda lembrar que, pense quem quiser pensar diferente, mas a sociedade há tempos é matriarcal. São as mulheres que mandam! Não há homem que tome uma decisão ou que faça alguma coisa sem ser inspirado por uma mulher ou mesmo a mando dela.


Cada mulher tem o seu jeito, assim como cada homem. Nem toda mulher é corajosa ou disposta. Existem as medrosas e as preguiçosas (ainda bem que existem). Nem toda mulher é forte e rígida. Existem aquelas que têm coração mole, existem as que precisam de cuidado mais do que outras, existem as que dizem “não” a um filho com dor no peito. Viva a diferença!


Uma mulher dá inspiração sem forçar, basta que ela seja do seu jeito: diferente de todas as outras, única. Mulher de verdade é aquela que um adjetivo só se adéqua a ela. Qualidade de muitos é qualidade de ninguém. Mulher, nunca queira que as homenagens coletivas sirvam para você, pois você merece uma homenagem exclusivamente sua!

Esse texto, escrevi pensando nas mulheres que têm medo de barata e nojo de sapo; mulheres que os efeitos do ciclo menstrual não são tão catastróficos quanto a sigla TPM sugere; mulheres que sonham acordadas e que acordam para transformar o que sonhara em realidade; mulheres que riem de tanto chorar e choram de tanto rir; mulheres que sentem a música e sabem o que ela quer dizer, assim como entendem as escalas, os graus e os campos harmônicos daquilo que ouvem; nas mulheres que não sabem dançar ou que simplesmente não gostam de rebolar, mas também nas mulheres que adoram pôr a música em movimento... Fiz esse texto pensando na mulher que faz o homem querer passar a vida toda ao seu lado, sem estar à sua frente ou atrás, pois o que ele quer é uma vida junto à dele, não um espelho ou alguém que lhe empurre... Esse texto, escrevi pensando naquela mulher que eu nem preciso dizer nem preciso lembrar que penso quando escrevo, quando leio, quando vivo...


Mesmo odiando aquilo que essa data lembra e mesmo considerando que mulher não merece (apenas) um dia, vale sempre lembrar e dar os parabéns a vocês por serem simplesmente vocês!

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