20 de março de 2012

Da Parada de Ônibus

“Picolé, cremosim...”
“Olha o vale e o dindim!”
“Sol quente do diacho!”
“Carne de bode, carne de gado...”
Este sou eu,
esperando o que vem sempre lotado,
querendo chegar no lugar desejado
para levar comigo do lado
a alegria dos momentos passados
e o aprendizado do que eu tiver aguentado.
Essa é minha Teresina,
sempre disposta a ser grande,
num crescimento constante,
que agora tem até mirante...
um sorrir a todo instante
pra quem percebe estar diante
de tantas situações deselegantes
e comicamente tocantes...
Essa é a nossa vida:
querendo ser certa de si,
segura e fraterna até o fim,
sem erro e pronta pra agir,
seja no “não”, seja no “sim”,
a par de tudo que se passa aqui,
com a dona Maria ou com o seu Joaquim,
espantando o que há de ruim...
acolhedora como um jardim,
embora o certo seria proferir
que acolhedor de verdade nas bandas daqui
são os bancos de uma praça,
as cadeiras das portas das casas,
as cheias e confusas paradas
e os balcões de um velho botequim.


Nenhum comentário:

Postar um comentário