Mas acompanhei pela TV a sua visita ao Brasil em 1997. Eu só tinha 4 anos, mas tenho a lembrança nítida demais de todo mundo em casa preocupado em gravar numa fita K7, comprada pelo meu pai com antecedência exclusivamente para aquele fim, a cobertura da Rede Vida, da Manchete ou de onde o sinal estivesse bom. Depois disso, perdi a conta de quantas vezes minha mãe ou meu pai colocavam essa fita pra assistir, esse último sempre derramava uma lágrima ou outra quando começava a música “Porque Ele vive”. São João Paulo II morreu no dia 02/04/2005; meu pai, dia 03/04/2005.
Outra que já era devota dele muito antes de sua canonização era minha avó. Tinha um quadro enorme dele no quarto, e diante dele vivia rezando, pedindo sua intercessão. Enfim, a memória de São João Paulo II não é a memória de alguém distante que morreu e virou santo. É, na verdade, a memória de alguém quase da família que já era santo quando estava aqui presente fisicamente entre nós e não cansava de nos convidar a não ter medo de sermos santos também, pois é Cristo quem nos convida e nos dá força para tal.
O que acho mais engraçado é: todo ano tenho uma dificuldade danada para escrever algo neste dia, porque antes, durante e depois da escrita sou sempre atrapalhado pelas lágrimas nos olhos: lágrimas de saudade, mas também lágrimas de gratidão pela esperança que Deus semeou e, através de São João Paulo II, rega em nosso coração.
São João Paulo II, rogai por nós!
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