15 de abril de 2015

Qual o melhor: Pepsi ou Coca?


Eu sei lá!!! Eu até gosto um pouquinho mais de Pepsi, talvez por ser menos comum pelas bandas de cá. Mas quem é melhor? Na verdade, esse texto não é uma reflexão acerca do líquido mais condenado – mais até do que as bebidas alcoólicas – da atualidade (como se um suco de maracujá que você toma de vez em quando não tivesse açúcar e tantos outros invisíveis assassinos tóxicos). Minha intenção é pensar um pouco sobre a quantidade assustadora de especialistas que existe hoje em dia.

Tem muita gente por aí, caro amigo, que pensa saber de tudo um pouco. Se o tópico de uma discussão é política, então ei-lo ali a apresentar hipóteses; se o assunto é futebol, lá está ele; se o assunto é culinária, acredite, ouvimo-lo aqui também; se o assunto é língua portuguesa, matemática, ENEM, MEC, Dilma, Direita-Esquerda, sinais de trânsito, o trânsito, o tráfego, o tráfico, a influência da mídia, a mídia... o espaço sideral... os oniscientes dissertam. Isso é de entristecer um pouco. O Mão Santa (não vou entrar no mérito se ele é também um desses nada-sabem-acerca-de-tudo), um ex-governador daqui, lembrava sempre em seus discursos que a ignorância é audaciosa. E, de fato, o é. O caso é que cada dia mais é maior o número de pessoas que esquecem o velho ditado “cada macaco no seu galho” (volta,É o Tchan!!!). São inúmeras as pessoas que pouco leem e muito escrevem. Muito falam e pouco ouvem. Muitos falam e ninguém ouve.

O outro problema que encaro com tristeza é o apartidarismo de discursos que pregam imparcialidade. O discurso científico e o discurso jornalístico entristecem, apelam para nossa ignorância. Não são poucas as pesquisas e reportagens subsidiárias de uma ideia rentável a alguém. Uma pena. Nem ciência nem jornalismo são imparciais. Ambas são feitas pelos seres humanos. Veja a arte! Ela é livre porque não usa essa fantasia/máscara de imparcialidade. O ser humano não pode ser imparcial, isso só se aplica aos robôs (por enquanto).

É preciso saber dizer “não sei” ou, ao menos, “ainda não sei”. Sabemos mais quando sabemos que existem algumas coisas sobre as quais sabemos do que quando pensamos que saber muito é quando falamos de tudo quanto se fala. A sabedoria é luminosa.